No dia da Mostra de Ciências, o pátio do Colégio Logosófico estava repleto de cores, aromas, sabores, experiências e informações. Quem percorreu os estandes do evento certamente aprendeu muito sobre o cerrado, a fabricação de perfumes, os microplásticos presentes nos alimentos, a importância do sistema digestório e os riscos da utilização de corantes artificiais no dia-a-dia. Mas, sobretudo, o visitante pode perceber, no esforço das crianças e dos professores, o verdadeiro sentido da expressão “conhecimento - fruto da experiência”.

Os visitantes também puderam constatar um outro tipo de conhecimento capaz de transformar a vida e elevá-la dignificando o ser humano - o chamado conhecimento invisível - só visto com os olhos do entendimento preparados para vê-lo, identificando-os nos processos da natureza criada por Deus.

Cada grupo trabalhou em seu estande aos dois tipos de aprendizado: o aprendizado da ciência (ou do conhecimento visível) e o da própria vida (do conhecimento invisível). O estudo sobre o solo, por exemplo, era paralelo à reflexão sobre a fertilidade da mente; o estudo da fotossíntese convidava à investigação sobre como expandir o bem recebido; o dos aromas das flores estimulava o estudo de como tornar a vida interna mais perfumada. Assim, por meio de imagens e analogias, os alunos vinculavam o conhecimento técnico ao aprendizado de como transformar e aperfeiçoar a própria conduta.

Ao lado de cada estande estavam expostas pastas (portfólios) e cadernos de anotação (diários de bordo) onde estavam descritas as experiências. Mais do que apreciar a apresentação final, os visitantes tinham a oportunidade de acompanhar o passo a passo do desenvolvimento dos estudos, as pesquisas de campo, as impressões colhidas, as reflexões e conclusões das crianças. Junto aos relatórios científicos, estavam também os Diários do cientista de si mesmo com as anotações sobre descobertas no mundo interno.